terça-feira, 18 de junho de 2013

The Tower

Este texto foi escrito por mim para o blog Fênix Down.   


Uma nevoa se apossa do reino da Boletaria e o isola do mundo externo e apenas após Vallarfax, um dos lendários heróis do reino, conseguir escapar do nevoeiro, o resto do mundo descobre que o reino esta em caos, perdido em meio a demônios que se alimentam das almas humanas. Depois deste acontecido, vários homens e mulheres corajosos foram até o reino em busca de riquezas ou tornar-se heróis. E eu fui um deles. Mesmo tendo uma premissa bem simples e um protagonista mudo, a história e o enredo do jogo foram se tornando cada vez mais envolventes e me fizeram querer descobrir o que aconteceu no Reino. E descobrir como acabava essa história não foi nada fácil.
Durante as diversas lutas que passei, fui descobrindo que atacar sem pensar é praticamente um suicídio. No jogo existe uma barra de estamina que se esgota rapidamente à medida que o personagem ataca, bloqueia ou se esquiva. O que fez com que ao enfrentar grande parte dos inimigos eu tivesse que já ter uma estratégia traçada em mente. O menor erro pode ser fatal, muitos inimigos podiam matar meu cavaleiro com dois ou três golpes. Mas ao falar de lutas aqui tenho que falar também da burrice incrível que os demônios e seus servos apresentaram, foi muito comum um inimigo se separar do grupo e vir saltitando para a morte, e os outros não fazem sequer a menor questão de ajuda-lo. Depois de um tempo jogando, também percebi que uma maneira eficiente de eliminar inimigos muito fortes que não possuíam ataques a distancia era acerta-los com flechas, pois eles correm atrás por um tempo para retaliar e depois esquecem. Mesmo os chefes de fase não contam com inteligência, em geral depois que se descobre o padrão de ataques deles fica muito fácil despacha-los. Mas o que mancha mesmo esse sistema de combate (que é muito bom e intenso) é a mira automática que as vezes é mais burra que os inimigos, a dica aqui é tentar jogar sem ela.
Os gráficos do jogo são muito bonitos, a ambientação é de encher os olhos e cria perfeitamente um clima gótico e pessimista. As telas de carregamento entre mundos são sempre preenchidas com um trabalho de arte original de algum personagem. Os monstros de Boletaria são variados e se encaixam como luvas aos ambientes em que residem. Encontrei desde o genérico zumbi a abominações escapadas do calabouço das dimensões, como escorpiões montados com pedaços de gente e Mindflayer’s (sei lá o nome desse troço em português só sei que eles saíram do Call of Cthulhu). O desenho das fases é muito bom e te dá sempre uma pequena ajuda para chegar mais rápido ao chefão caso você já tenha passado pela fase uma vez, o que é ótimo já que nesse jogo não existe checkpoint. É isso mesmo, morreu volta para o começo da fase, sem nenhum ponto de experiência, e com todos os inimigos da fase ressuscitados. Ah, e se você morrer na forma humana (que lhe dá uma quantidade de vida maior que a forma espiritual), o mundo em que você morreu fica mais difícil.
E meu veredicto? É um grande jogo com sistemas de combate realmente muito legal e vários segredos.
Os modos multijogadores podem aumentar muito a vida do jogo e para quem se liga em PvP’s é um grande jogo. A ambientação e a historia estão fantásticas. Para explorar completamente o jogo é necessário ter perseverança e um pouco de sorte na procura. Mas, faltou polimento, acontecem algunsbugs bizarros (corpos presos dentro do personagem), o sistema de mira é péssimo e a burrice dos inimigos faz o jogo oscilar entra batalhas sonolentas e fáceis e épicas que fariam o Conan chorar, como a batalha contra o Firelurker (que também é burro mas os padrões deles exigem memória, reflexos e um pouco de sorte).
Prós:
-A maneira como se passa pelos mundos do jogo não é linear, não existe uma ordem certa para passar pelos desafios.
-Apesar de ser um RPG puro, não obriga o jogador a “ficar evoluindo”
-Dificuldade insana
-Ambientação Perfeita
-Gigantesca liberdade na construção e evolução do seu personagem
-Sistema de combate sofisticado, é possível interromper a ação inimiga de varias formas
-Depois que você diz que já zerou, você ganha respeito.
Contras:
-Inteligência Artificial precária.
-Bugs estranhos acontecem às vezes.
-Não é possível pausar o jogo (sério, isso é muito tosco, a bateria do meu Dual Shock acabou enquanto eu brigava com o Firelurker uma vez)
-Travar a mira no inimigo certo durante um combate difícil é mais difícil que matar o ultimo chefão.

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