terça-feira, 20 de maio de 2014

A Quimera.

A Quimera.

Construiu uma quimera com pedaços de uma pessoal real
E enxertos estranhos da sua própria imaginação
Um ser em que não existia verdade, maravilhoso e terrível.
Assombroso reflexo do terror que sentia.

Sua própria criação o fez em pedaços
De tal forma que não se importava mais, fingir dignidade.
Fez o que não devia.
Esqueceu que a realidade é una;
Não há mudança sem dor.
Certos erros não podem(e não devem) ser apagados.

Ele parou de pensar, apenas sentiu o medo.
Os tentáculos da besta rasgando seus olhos
Subindo pelo seu braço esquerdo
Liquefazendo suas certezas
Afogando tudo que ele acredita.

Caiu de encontro à cerâmica.
Tomado pelo liquido negro.
Soluçando sem saber porque.
Abraçou os próprios joelhos
E gritou de pavor.
O que não iria mudar nada.

A Longa Madrugada. Parte final.