terça-feira, 18 de junho de 2013

Macacos me mordam!

Este texto foi originalmente escrito por mim para o http://www.fenixdown.com.br/.

Nostalgia
, essa é a palavra mágica para definir este grande jogo de plataforma. Se você está entre os felizardos que jogaram o primeiro Donkey Kong Country, esse jogo foi feito pensando em você. Grande parte dos elementos que fizeram o primeiro DKC um clássico estão de volta neste novo episódio da série, como companheiros animais, musicas memoráveis, carrinhos de mina, barris explosivos e Rambi!
Os controles do jogo são muito bons e logo no fim da primeira fase, que funciona como um tutorial, eu já estava acostumado aos novos movimentos de Donkey Diddy. Um porquinho aparece de trás de alguns elementos do cenário para lhe ensinar vários comandos e faz isso sem pausar o jogo nem torna-lo maçante. Ao jogar com dois jogadores, os macacos já citados ganham alguns movimentos extras e a capacidade de voltar ao jogo depois de mortos, o que derruba a dificuldade em certas partes, mas não te salva de morrer, porque errou o pulo num carrinho de mina ou estourou errado um daqueles barris, já era, não tem volta.
Ainda é possível alternar entre dois modos de controle, segurando o Wii Mote de lado (o mais indicado para quem não é acostumado com o controle de Wii) ou usando a combinação Wii Mote + Nunchuk, que na minha opinião funciona melhor por permitir movimentos mais precisos. Os controles de movimento são usados para esmurrar o chão no caso de Donkey e para a arma de amendoins de Diddy. Ao sacudir o Wii Mote também é possível dar a clássica estrelinha de macaco. Ao termino de cada fase e ao derrotar um chefão de mundo você também pode sacudir os controles loucamente para ganhar itens extras e no caso do chefão esmurrar o inimigo já derrotado (o que é muito gratificante).
Um dos grandes trunfos desse jogo é a volta de musicas que estavam batendo na minha cabeça desde o SNES. Não senti falta alguma da musica de quando você falha em um bônus ou daquela do Game Over que só escutei uma vez, que já foi o suficiente.
Apesar de ter dito que só tomei um Game Over, também tenho que dizer que é um jogo bem difícil de ser completado. Como todos os seus precursores, o jogo exige um grande esforço para ser terminado em 100% (e 100% não é tudo) e me fez suar em varias fases ao procurar por segredos e bônus muito bem escondidos. E por falar em fases, estas estão muito bem planejadas e com uma ótima alternância entre fases de exploração e momentos corra por sua vida! A única coisa estranha é o fato de não haver fases de água, não sinto falta, mas a musica delas era ótima.
A animação é belíssima e assume uma estética de desenho animado que funciona muito bem e dá ao jogo uma cara própria, diferenciando-o do estilo realista dos outros DKC. As fases em que se vê apenas as silhuetas dos personagens são de cair o queixo.
Bem, mas nem tudo são flores na macacolândia, o jogo, ao trazer um Returns no título, se propõe a entregar um DKC clássico (o que entrega, e como entrega), porem isso não é desculpa para não tentar inovar. O jogo se atem a velhas formulas que trazem uma boa experiência de plataforma e é bem sucedido nisso, mas penso que em um jogo tão grande (mais de 60 fases) eles poderiam ter tentado alguma coisa nova. O quê? Sei lá.
veredicto: é uma belezinha de jogo feito para quem curte um bom jogo de plataforma com varias jogabilidades, todas muito bem acertadas, visual bonitão e musicas fantásticas. Existem ainda outro modos de jogo como um time attack e um mirror mode, que propõe o desafio que separa os homens dos meninos. Os meus macacos preferidos e de grande parte dos gamers voltaram!
- Contras:
Falta de fases de água
Falta ousadia
- Prós:Ótimo multiplayer
Bem difícil
Beleza de visual (com destaque para as fases de silhueta)
Controle preciso
Musicas excelentes
Ótimo tempo de jogo (mais de 60 fases, o tempo de cada uma vai da habilidades do jogador, eu consegui prata em todas)
Falta de fases de água

The Tower

Este texto foi escrito por mim para o blog Fênix Down.   


Uma nevoa se apossa do reino da Boletaria e o isola do mundo externo e apenas após Vallarfax, um dos lendários heróis do reino, conseguir escapar do nevoeiro, o resto do mundo descobre que o reino esta em caos, perdido em meio a demônios que se alimentam das almas humanas. Depois deste acontecido, vários homens e mulheres corajosos foram até o reino em busca de riquezas ou tornar-se heróis. E eu fui um deles. Mesmo tendo uma premissa bem simples e um protagonista mudo, a história e o enredo do jogo foram se tornando cada vez mais envolventes e me fizeram querer descobrir o que aconteceu no Reino. E descobrir como acabava essa história não foi nada fácil.
Durante as diversas lutas que passei, fui descobrindo que atacar sem pensar é praticamente um suicídio. No jogo existe uma barra de estamina que se esgota rapidamente à medida que o personagem ataca, bloqueia ou se esquiva. O que fez com que ao enfrentar grande parte dos inimigos eu tivesse que já ter uma estratégia traçada em mente. O menor erro pode ser fatal, muitos inimigos podiam matar meu cavaleiro com dois ou três golpes. Mas ao falar de lutas aqui tenho que falar também da burrice incrível que os demônios e seus servos apresentaram, foi muito comum um inimigo se separar do grupo e vir saltitando para a morte, e os outros não fazem sequer a menor questão de ajuda-lo. Depois de um tempo jogando, também percebi que uma maneira eficiente de eliminar inimigos muito fortes que não possuíam ataques a distancia era acerta-los com flechas, pois eles correm atrás por um tempo para retaliar e depois esquecem. Mesmo os chefes de fase não contam com inteligência, em geral depois que se descobre o padrão de ataques deles fica muito fácil despacha-los. Mas o que mancha mesmo esse sistema de combate (que é muito bom e intenso) é a mira automática que as vezes é mais burra que os inimigos, a dica aqui é tentar jogar sem ela.
Os gráficos do jogo são muito bonitos, a ambientação é de encher os olhos e cria perfeitamente um clima gótico e pessimista. As telas de carregamento entre mundos são sempre preenchidas com um trabalho de arte original de algum personagem. Os monstros de Boletaria são variados e se encaixam como luvas aos ambientes em que residem. Encontrei desde o genérico zumbi a abominações escapadas do calabouço das dimensões, como escorpiões montados com pedaços de gente e Mindflayer’s (sei lá o nome desse troço em português só sei que eles saíram do Call of Cthulhu). O desenho das fases é muito bom e te dá sempre uma pequena ajuda para chegar mais rápido ao chefão caso você já tenha passado pela fase uma vez, o que é ótimo já que nesse jogo não existe checkpoint. É isso mesmo, morreu volta para o começo da fase, sem nenhum ponto de experiência, e com todos os inimigos da fase ressuscitados. Ah, e se você morrer na forma humana (que lhe dá uma quantidade de vida maior que a forma espiritual), o mundo em que você morreu fica mais difícil.
E meu veredicto? É um grande jogo com sistemas de combate realmente muito legal e vários segredos.
Os modos multijogadores podem aumentar muito a vida do jogo e para quem se liga em PvP’s é um grande jogo. A ambientação e a historia estão fantásticas. Para explorar completamente o jogo é necessário ter perseverança e um pouco de sorte na procura. Mas, faltou polimento, acontecem algunsbugs bizarros (corpos presos dentro do personagem), o sistema de mira é péssimo e a burrice dos inimigos faz o jogo oscilar entra batalhas sonolentas e fáceis e épicas que fariam o Conan chorar, como a batalha contra o Firelurker (que também é burro mas os padrões deles exigem memória, reflexos e um pouco de sorte).
Prós:
-A maneira como se passa pelos mundos do jogo não é linear, não existe uma ordem certa para passar pelos desafios.
-Apesar de ser um RPG puro, não obriga o jogador a “ficar evoluindo”
-Dificuldade insana
-Ambientação Perfeita
-Gigantesca liberdade na construção e evolução do seu personagem
-Sistema de combate sofisticado, é possível interromper a ação inimiga de varias formas
-Depois que você diz que já zerou, você ganha respeito.
Contras:
-Inteligência Artificial precária.
-Bugs estranhos acontecem às vezes.
-Não é possível pausar o jogo (sério, isso é muito tosco, a bateria do meu Dual Shock acabou enquanto eu brigava com o Firelurker uma vez)
-Travar a mira no inimigo certo durante um combate difícil é mais difícil que matar o ultimo chefão.