terça-feira, 30 de março de 2021

Shin Megami Tensei 3 Nocturne.

 É de longe um dos jogos mais superestimados que já joguei.

  Tem uma ambientação fantásticas e um bom sistema de combate. Quando se atinge um inimigo com a fraqueza dele ou com um crítico se recebe mais 1 turno de ataque. Assim as batalhas quando se tem os demônios certos viram um massacre.

  O problema é que apenas esses dois fatores não conseguiram me levar através da horas de grind do jogo. E coloque horas nisso.

  A história tem um ponto de partida interessante, o mundo é destruído e o protagonista se torna um meio-demônio por causa das ações de Lúcifer. A partir dai o jogo vai para um apocalipse habitado por demônios e em que o protagonista tem que se alinhar com algum dos humanos sobreviventes para dar uma nova ordem ao mundo. As escolhas possíveis são:
  Um paraíso budista em que nada muda e consciência não existe.
  Um mundo governado pelo darwinismo social ( aka nazismo mesmo, não sei por que ninguém,nos reviews que eu lí,  aponta isso)
  Um mundo em que as pessoas ficam eternamente separadas  e felizes( me lembra o céu em supernatural, que foi roubado de um quadrinho, não lembro qual.)
   Reconstruir o mundo antigo (que vai acabar sendo destruído de novo)
   Se alinhar com Lúcifer e desafiar o criador.
  O problemas dessas possibilidades é a absoluta falta de personalidade dos personagens. Todos são caricaturas sem alma algum. Não dá para ter um pingo de empatia por eles( principalmente pela mocinha que vem com a BRILHANTE ideia de mundo dos mais fortes)
  O desenho de jogo é desajeitado e em vários momentos em que para avançar você precisa fazer coisas muito difícil de descobrir por si próprio e você NUNCA está livre das infinitas batalhas aleatórias.
  A partir de um certo momento no jogo ( a Infame luta contra o Matado) passa a ser impossível vencer qualquer chefe sem pelo menos uma tentativa frustrada. Mais tentativa e erro.
  No jogo você recruta demônios para que lutem com você e façam parte do seu grupo. Um pokemon ande de Pokemon existir já que o primeiro SMT precede pikachu e seu amigos. Aqui a coisa começa a degringolar. O RNG influencia por demais uma mecânica que devia ser baseada em conhecimento e observação. As vezes vc pode passar 10 min tentando recrutar um demônio que só será usado como combustível para fusão com outros. Pokemon fez a mecânica ficar muito melhor ao simplifica-la.
  Os fãs desse jogo costuma dizer que não é preciso grind, basta usar as fusões certas. Ou seja é preciso se um vidente e conseguir saber quais as fusões são corretas antes de faze-las e de quais demônios vc vai precisar antes de avançar. O jogo pune a experimentação com preços absurdos para invocar demônios e caso o jogado não queira pagar, de volta a mecânica falha de recrutamento.

  Eu pretendia fazer um review dele completo para o meu canal mas, simplesmente não consegui me forçar a terminar o jogo, é um tédio absoluto.

(Digressão)
O fim do mundo no jogo parece muito com a cena de sonho do filme a Origem em que a cidade se dobra (Inception 2010). Claro SMT 3 é anterior ao filme(2003). O Nolan já se "inspirou" muito em um diretor japonês chamado Sathoshi Kon( e seus filmes maravilhosos Perfect Blue e Páprica). Então, é possível que ele tenha visto essa cena de SMT. É legal ver o quanto a artes e as culturas fluem e se misturam.
Apesar de não ter gostado de SMT 3 acho muito bacana a rede de referencias culturais que a estética visual do game tem.


Did the Benedict Cumberbatch Dr Strange trailer copy ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário