quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
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sábado, 28 de novembro de 2020
Lunar The Silver Star History: Review e meus pensamentos sobre o jogo.
Lunar The Silver Star History: Review e meus pensamentos sobre o jogo.
Você acredita que as pessoas têm o poder de se autogovernar? Que no geral a humanidade é boa e que a liberdade é essencial?
Ou... Você acredita que as pessoas que precisam de um líder com pulso
forte, que controle e determine a ordem e o progresso da sociedade? Que a
liberdade do indivíduo é apenas uma ilusão inocente?
Pensando bem a pergunta mais importante é: Você gosta de romance?
Esses são alguns dos temas do jogo.
Tópico 1:Pequena sinopse
Lançado em 1992 Lunar é um JRPG em que você controla os jovens Alex e
Luna na jornada para salvar a humanidade de uma ameaça mágica. A
história é genérica, mas, o enredo tem alguns elementos únicos e explora
temas surpreendentes. O tom é leve e quase sempre focado em romance e
comédia. Claro como todo Jrpg que se preze o conflito escala de tal
forma que o final envolve dar um soco (ou uma espadada, bordoada, insira
aqui uma arma de sua escolha) na cara de Deus. Foi um jogo tão bem
recebido pelo público que em 1998 foi lançado uma nova versão (The
Silver Star Story) que é o que eu joguei.
Tópico 2: Os gráficos e animação.
O jogo que é apresentado na forma gloriosa de pixel arte. O desenho
dos personagens é charmoso é funcional, porém, é um pouco genérico. Os
efeitos de mágicas dão a impressão de devastação e cada arma do jogo tem
uma animação própria o que é bom porque mostra o progresso de forma
visual. A introdução dos personagens e as sequencias importantes da
história são apresentados em sequencias animadas. A grande vantagem
desse tipo de apresentação é que geralmente envelhece melhor que os
famosos gráficos gerados por computador.
Tópico 3: A música.
Temos aqui belas músicas orquestradas e os personagens são dublados.
Eu gostei da dublagem, é muito bom ouvir os personagens falando durante
os combates . Não gosto muito da música principal do jogo, mas, é a
exceção. Os temas dos personagens e a musica de combate são
excepcionais. Num JRPG a musica de combate tem que ser excitante já que
ela vai tocar um quinzilhão de vezes.
Tópico 4: O sistema de combate e o jogo.
O desenho de jogo é funcional e é bem difícil de se perder nas
“dugeons” ou de não entender como prosseguir a história do jogo. O ciclo
do jogo é simples: Conheça novos personagens, explore as “Dungeons”,
lute contra hordas e mais hordas de inimigos comuns, passe um bom tempo
se curando, enfrente chefes (leve algumas surras) e a história vai
prosseguir.
Lunar está muito próximo de uma JRPG clássico, tem um sistema de
combate em que o grupo de protagonistas age e depois os inimigos (claro
tudo de acordo com a Agilidade de cara personagem). Você tem a sua
disposição as opções clássicas dos JRPG’s: Atacar, defender, usar itens e
usar mágica. Os comandos de ataque e de defesa fazem com que seja
possível alterar a posição dos personagens no campo de combate o que
serve para desviar de ataques que os inimigos telegrafam. No começo do
jogo não prestei muita atenção a essas sutilezas e acabei morrendo
bastante. Eu gosto de jogos que não tem pena de matar o jogador. É
entediante quando o jogo é tão fácil que parece um filme interativo.
Existem alguns quebra cabeças no jogo, mas, nada muito difícil.
Eu acho que o maior problema do jogo é um problema que quase todos os JRPGs
tem: A repetição. Depois de um tempo os combates contra inimigos comuns
se tornam monótonos (eu descarregava 300 magias nos inimigos) e passam a
ser mais um incômodo antes de continuar a história e lutar contra
chefes. Não me entenda mal, eu gosto mais de JRPG
s do que de
discutir com estranhos na internet, mas, mesmo os grandes prazeres (como
cometer genocídio contra a população de monstros) cansam um pouco. Pelo
menos é possível enxergar os inimigos não há os famigerados combates
aleatórios.
Tópico 5: História, enredo e interpretações :daqui para frente REVELAÇÕES SOBRE O ENREDO!
No mundo de Lunar, a vida foi criada e é sustentada pela mágica da
deusa Altena. A deusa vive entre os mortais e os agracia com milagres e
favores. Porém (sempre existe um, porém) de em tempos surge um mal que
tenta destruir toda a vida: o Imperador Mágico. Ele conta a ajuda da
tribo Vil (uma raça que foi transformada em monstros e banida para o
deserto no fim do mundo por se rebelar contra a deusa). Quando o mal
aprece, surgem a vários heróis surgem para defender a deusa Altena. (e
qualquer semelhança com Os Cavaleiros do Zodíaco talvez seja é pura
coincidência) Entre esses heróis sempre está uma pessoa digna e capaz de
comandar os 4 dragões elementais do mundo: o Dragon Master. O ciclo se
repete eternamente e após esses momentos de conflito há um período de
paz.
Esse pano de fundo é revelado durante a história do jogo de maneira
bem natural, nada de aparece um personagem discursando meia hora e
explicando toda a história do mundo.
Na primeira cena conhecemos o personagem principal: Alex. Ele é um
jovem espadachim que quer se tornar o próximo Dragon Master. Ele e seus
amigos de infância, Luna: uma moça capaz se conjurar magia através da
música, Nall: Um estranho gato voador e Ramus (que tem o poder do
capitalismo) moram num vilarejo remoto chamado Burg. O povoado tem
apenas duas coisas notáveis: túmulo do último Dragon master: Dyne e a
proximidade com a caverna do dragão branco. Os três saem para explorar a
caverna do Dragão Branco. Lá Alex vai passar pelo primeiro teste para
se tornar o próximo Dragon Master. Depois de passar pelo teste Alex
recebe do dragão a capacidade de usar mágica e uma peça da armadura
lendária que todos os Dragon Master usam. Mas, a comemoração dura pouco
porque uma magia muito poderosa mata o dragão branco. O imperador Mágico
está de volta e está determinado a impedir que um novo campeão de
Altena surja.
Esse novo imperador magico se chama Ghaleon. Ele foi um dos heróis que ajudou a derrotar a última encarnação do mal.
Após mais ou menos 5 horas de jogo acontece o grande evento que vai dar
urgência a história: Luna é sequestrada pelo Imperador Mágico Ghaleon.
A partir daqui Alex continua com sua aventura de se tornar o Dragon
Master, e resgatar sua amiga de infância. Na sua jornada para passar
pelos testes dos outros dragões se junta a novos companheiros:
Nash um prodígio da cidade dos magos, o personagem mais rápido e tático
do jogo. Ele usa magias que causam dano indireto e magia elétricas. Ele
também é um dor personagens mais irritantes do jogo.
Mia uma maga herdeira da guida de magos. Ela é a personagem mais
frágil do grupo, mas é a que mais causa dano em área. Ela tem que tentar
superar o legado da mãe que além de líder da cidade dos magos foi uma
grande heroína.
Kyle o chefe de um bando de ladinos, uma espécie de Conan do anime. Ele é
lento, mas bate como um trem. Ele é o típico personagem que finge não
se importar muito, mas, que tem um coração de ouro.
Jessica uma clériga de Altena: Que que é a caixa de curativos do time.
Ela tem que lidar com as expectativas do pai (que vejam só, também foi
um grande herói.)
O grupo passa por várias dificuldades na jornada e também vários dos
clichês do gênero como: viajar de navio voador, derrotar monstros que
estão aterrorizado vilarejos, derrubar uma cidade voadora do céu, tomar
banho em uma fonte termal, impedir o sequestros de cantoras, enfim:
todas a coisa que se tem que fazer em um bom RPG. Após a jornada Alex
recebe os poderes dos outros dragões e o restante da armadura de herói.
Pelo arco narrativos dos personagens também fica claro o conflito
juventude VS experiência que é bem próximo do Liberdade VS
Totalitarismo.
Foi legal ver os personagens interagindo entre si e uma dinâmica é
estabelecida: Existem dois casais: Mia e Nash / e Kyle e Jessica. Eles
vão mudando durante a história de uma maneira que gostei de ver. É uma
pena que Alex não tenha muito a fazer. Ele apenas sofre por causa de
Luna e lida com a atitude afetada de seu gato voador.
Então finalmente o grupo confronta Ghaleon. Mas, o imperador magico
limpa o chão com todos. Ele está controlando Luna através de magia e
revela que ela é a própria deusa Altena renascida
Há 16 anos atrás quando o antigo Imperador Mágico foi derrotado a Deusa
decidiu que ia abdicar de seus poderes e espalhá-los por toda a
humanidade. Ela fez isso porque percebeu que que sua presença era
maléfica para a humanidade, porque, as pessoas competiam pelo seu favor o
que trazia uma serie de desgraças e levava sempre ao reaparecimento do
Imperador Mágico.
Então ela decidiu espalhar toda a sua divindade pelo mundo e renunciar a
sua imortalidade. Assim a humanidade teria que trilhar o seu próprio
caminho.
A Deusa e Dyne( O ultimo e o mais poderoso dos Dragon Master[/ICODE]s)
abdicaram de todos os poderes e a deusa reencarnou como uma criança:
Luna.
Nesse primeiro confronto grupo só consegue escapar porque o Nall , o gato voador também é um dragão.
Depois de recuperarem eles recebem ajuda de Dyne (que veja só na verdade
não tinha morrido) e Alex retira a espada da pedra e adquire um novo
poder.
Na revanche contra Ghaleon, o grupo de heróis leva a melhor, porém a
Deusa foi revivida e sem o amor que tinha pela humanidade. Ela começa a
absorver toda a mágica do mundo o transformando em um deserto. Nos
momentos finais do jogo Alex usa sua ocarina para reviver as memorias de
Luna. Assim o mundo é salvo e a humanidade tem pela frente a tarefa de
traçar seu próprio destino.
A história é toda contada com um tom leve e as relações entres os
personagens são bem desenvolvidas. Cada um deles tem um defeito que é
superado através das dificuldades da jornada e da relação com os outros.
É uma história bem romântica, os personagens crescem através do amor
que sentem uns pelos outro. Claro isso vai afastar os cínicos do jogo,
mas, para quem gosta de um pouco de esperança nas histórias vai gostar
bastante.
Quando o grupo é derrotado pela primeira vez dois personagens (Nash e
Kayle) assumem uma postura derrotista e não querem de forma alguma
voltar a luta. O interessante é: Durante todo o jogo essa postura era
meio que esperado dos dois. E cabe a Mia e a Jessica convencerem os dois
a pararem de se afundar em autopiedade e voltarem a luta. É uma versão
de “É melhor morrer em pé do que viver de joelhos”. O legal desse
momento é que ele é construído durante todo o jogo para chegar a esse
desfecho. O grande líder de bandidos e o prodígio de magia foram
derrotados. Os personagens sentem o peso das expectativas e quebram
sobre esse peso. Mas, conseguiram se reerguer extraindo forças de suas
relações. A maneira como isso é feito também é muito boa. Mia e Jessica
não vem pedir a eles que lutem, elas vão se despedir e dizer que estão
indo lutar novamente. Liderar pelo exemplo.
Eu também gosto do choque de ideais. A liberdade do indivíduo contra
as expectativas sociais, a autodeterminação contra o culto a
personalidade de uma Deusa ou de um líder forte, um guia iluminado. É o
tema que se repete nos personagem e no jogo.
A deusa Altena é claramente inspirada na deusa Athena do panteão grego
que é associada a guerra justa e a liberdade. Porém no jogo a deusa não
apenas fala em liberdade: Ela se torna humana para viver (e sofrer) a
liberdade de uma vida comum. Eu só consigo lembrar de cabeça de uma
história em que um deus se torna humano. Bem, talvez eu esteja buscando
referencias demais já.
Conclusões:[/I]
Ultimamente (na minha opinião) histórias cínicas e que vomitam os
temas sem nenhuma sutileza são consideradas boas escrita. Basta aparecer
algum recurso meta-narrativo para os mais impressionáveis dizerem:
gênio
Eu tenho um grande fraco por JRPGs, e gosto de passar um tempo nesses
mundos fantásticos. São histórias que muitas vezes são inocentes e que
tem suas fórmulas e clichês, mas (o famoso KILL GOD), em alguns casos
como o do jogo de hoje apresentam alguns temas que me fazem pensar.
Particularmente eu gostei de lunar porque ele me lembrou um sentimento
de volta para casa. A muitos anos atrás quando eu joguei o meu primeiro
JRPG (FFVI)eu e vi uma coisa realmente especial nos videogames, algo na
maneira e experimentar a história que eu não senti em nenhum outro
lugar.
O jogo tem várias piadas que não seriam bem recebidas hoje em dia,
principalmente as de teor sexual e tem grande parte de seu enredo movido
pelo cliché da donzela em perigo. Mas, também tem personagens fortes,
que não são definidos apenas pela função na história.
Eu recomendo esse jogo apenas para os veteranos de JRPGs. Apesar dos
pontos positivos não acho que quem gostar de jogos mais modernos vai
gostar dele. Também acho que é um bom jogo para quem consegue apreciar
uma história com um pouco de esperança.
Bem, esse foram os meus pensamentos sobre Lunar, espero que você tenha gostado. Obrigado por ter lido até aqui.
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Hole IN the Ground
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Diario de Sonhos (Registro 1 de 10)
Eu sonhei que estava deslizando ladeira abaixo em cima de um barril, mas não um barril comum ele era azul e tinha uma espécie de pegador em cima, aquele parecido com o de botijões de gás. O incomum meio de transporte tinha propulsão própria, mas eu estava na banguela. No sonho eu era uma criança e de repente apareciam várias outras crianças e começavam a me jogar pedras. e eu pegava o meu barril pela alça e saia dando barrilzadas das crianças a torto e a direito. Os golpes lançavam meus atacantes mirins para cima e nas paredes, mas tudo era meio cartunesco, ninguém se machucava. A situação era bisonha e um pouco engraçada, porém eu tinha aquela sensação que sem tem antes de algo extremamente horrível acontecer. Sabe, aquele momento em que você está em cima da sua casa pegando umas mexericas e se desequilibra, cai do telhado passa seis meses engessado e depois de mais de cinquenta anos você ainda se lembra daquele instante de desequilíbrio? Pois é. Essa era a sensação.
Depois disso eu acordei.