Nos últimos dias, enterrei meu avô e ganhei uma sobrinha nova. Então, pensei em postar isso aqui de novo: Tente imaginar a vida sem perceber o tempo. Você não pode. A natureza não se importa em dividir o tempo. Pássaros não se atrasam, cachorros não tem relógio, gatos não se sentem ansiosos ou vazios ante um aniversário. Somos obcecados pelo tempo. Anos e meses são dissecados, os dias são cortados em horas. Por isso nós temos uma bênção que nenhum outro animal tem: O medo de ficar sem tempo. Ps:Livre perversão de um trecho de "The time Keeper"
Demônio de Maio
Sobre jogos o universo e tudo mais.
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
MEdo
Estar indefeso na presença de um medo é apodrecer em vida. Uma doença que se embebe nos pulmões e laringe acima, se infiltra atrás dos olhos. Tortura distorcendo o mundo em um lugar em que todas as escolhas são erradas.
Vida
"Recomeçar, ai as cartas do castelo caem de novo. Você as reorganiza, constrói mais alto, e não se deixa intimidar por detalhes como a realidade. E quando tudo desmoronar de novo, se tudo desmoronar de novo, você faz suas preces e atravessa a rua, começa de novo até um dia que tudo de certo ou até o dia em que você morre tentando. É o que eu penso da vida, é o que penso que é uma boa vida."
O Mal.
O Mal existe. Absolutamente, em desafio a qualquer oração. Habita a incompetência e se move acima das boas intenções. Quando as sombras caem sobre os cordeiros: O Demônio anda pela terra. O Mal existe
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Sobre Irritação.
Hoje eu passei o dia inteiro irritado. Não consegui fazer nada que eu tinha planejado: Ir para a academia, estudar ou arrumar minha casa. E quase tratei minha namorada mal. Acho que não tratei mas, chegou perto.
Eu estou irritado a ansioso por causa de como me comportei em uma discussão que tive ontem. O assunto e a pessoa não interessam e não são importantes mas, eu perdi novamente a calma e deixei minhas emoções me levarem por caminhos que eu não queria seguir.
Eu preciso desenvolver mais do meu carisma e prestar mais atenção aos meus arredores. Não se deve ter conversas sinceras com idiotas. E não se deve perder as estribeiras quando o dito idiota age de acordo com sua natureza.
Eu também preciso meditar e não deixar esse tipo de coisa destruir o meu dia e o meu humor. É necessário lidar com o problema o mais rápido possível. De forma interna e pensando no futuro e não querendo voltar ao confronto.
E por ultimo: Eu preciso desenvolver uma máscara que possa lidar com insultos e devolve-los de forma saudável e sincera comigo mesmo.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
For Mother Matron
Hoje eu passei algum tempo jogando uma visual Novel chamada For Mother Matron. Bem a história é sobre uma moça chamada Loreta que é viciada em uma droga chamada OZ. Bem na desintoxicação Loreta descobre que está gravida e tem uma filha chamada Liz. Porém aqui temos o começo da serie absurda e misérias que que essa história é: A clinica é a fachada para um culto que sequestra crianças e a leva para um lugar chamado cidade da borda.
No nascimento Liz é sequestrada pelo culto e Loreta tenta resgatar a filha e chega a matar vários dos sequestradores mas, não consegue resgatar a filha e acaba morrendo.
Na segunda parte já encontramos Liz adolescente e agora morando na cidade da borda. É um lugar horrível onde várias das regras da realidade não se aplicam. Essa cidade tem uma soberana chamada mãe Matron. Ela é tratada pelos habitantes como mãe e como uma espécie de divindade.
Então Liz é convocada pela Matron para uma audiência. Ela fica chateada pois todas a pessoas que são chamada para ver a mãe são mandadas em uma peregrinação pelas cavernas embaixo da cidade e não voltam. Ou quando voltam estão tão traumatizadas que não conseguem falar nada coerente.
A convocação especifica que ela deve ir até o prédio onde a mãe mora e levar com elas dois garotos da cidade Rich e Pux .
Ela encontra os dois garotos e vai até o encontro da mãe Matron. Porém ela não os atende e os instrui sobre a peregrinação por trás de uma porta. Em algum lugar das cavernas eles vão encontrar uma coisa chamada o útero da felicidade. Depois de algumas perguntas e protestos eles vão a sua peregrinação.
As cavernas são lotadas de monstros bizarros que parecem quimeras entre pessoas e cefalopodes. Os dois garotos acabam morrendo na peregrinação e Liz desmaia ao chegar em uma sala sem saída e cercada de monstros.
Então ela acorda de volta na sala da mãe Matron e é uma sala feita de carne. E a mãe Matron verdade é uma entidade que se alimenta de sofrimento. As pessoas na cidade da borda são criadas lá até poderem ser "Apreciadas" pelo monstro que também é uma abominação cefalopoded/humana.
Depois isso a protagonista tem duas escolhas: Nunca ter existido ou continuar existindo e passar pelo ciclo de sofrimento e novamente e novamente.
Ou seja é uma história de sofrimento apenas pelo sofrimento. A única saída é morrer ou melhor ainda nunca ter existido. Que bela porcaria. História com um niilismo exagerado desse me deixam enjoado. Me lembram aqueles quadrinhos chatos pra caramba do Spwam. Em que TUDO é horrível e não existe ninguém minimamente aceitável na história e ninguém aspira a ser melhor. Nem mesmo um raio de esperança em um muno vermelho e cinza.
A história inteira parece um pornô de tortura. Uma idealização insana do sofrimento das protagonistas e uma certeza absoluta que tudo é em vão. E além isso por vezes a escrita é pedante e chatíssima.
Existem algumas características positivas: A musica é interessante e as situações são angustiantes o que é bom para jogos de terror. Existem referencias a cultura grega como provavelmente a Mãe Matron ser a deusa da miséria Oizys. Mas, eu acho que essa coisa não salvam uma experiência que é basicamente chafurdar na miséria e no choque pelo choque.
Enfim: Achei uma bela porcaria e não recomendo.
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
Elegia
Eu lembro da primeira vez que te segurei com minhas mãos saudáveis. Dentes pequenos, garras afiadas. Eu lembro da ultima vez que te segurei com minhas mãos quebradas. Um corpo esquálido e o mesmo espírito indomável.
Eu lembro do animais mortos que você me ofereceu, da gentileza e da selvageria que existia atrás dos seus olhos.
Eu lembro de momentos em que você parecia me entender.
Tudo isso se dissolve e converge em um ponto, uma memória ruindo sobre o seu próprio peso.
Você se foi muitas vezes e sempre voltou quando queria. Se recusou a ser doméstica e mostrava uma resistência feroz a qualquer regra sobre ti.
Você se foi pela ultima vez, me enganando e passando por mim. Encontrou o emplastro para todos os males sob a guarda de sua verdadeira dona. Sob os seus próprios termos.
Eu te amei muito.
Eu sei que nunca mais vou te encontrar. No dia quando eu for abraçado por um Deus misericordioso e tragado pelo abismo, você ainda estará correndo pelo campo das coisas selvagens.